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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ideias que mudaram o mundo


Felipe Fernández-Armesto
          A revolução científica ampliou o alcance dos sentidos, permitindo captar o que até então havia sido remoto ou oculto demais. Durante o século XVI, o telescópio de Galileu Galilei permitira que ele observasse as luas de Júpiter; Anton Von Leeuwenhoeck vira os micróbios com seu microscópio e Marin Mersenne conseguira ouvir harmonias que ninguém havia percebido antes e medira a velocidade do som. No século XVII, Isaac Newton conseguira decompor a luz de um feixe de luz e sentir a força que unifica o cosmo no peso de uma maçã; Robert Hooke havia farejado o “ ar nitroso” nos vapores acres liberados por um pavio aceso.
          Um século mais tarde, Antoine Lavoisier provou a existência do oxigênio, isolando-o, e Luigi Galvani conseguiu sentir o frêmito da eletricidade na ponta dos dedos. Ainda no século XVIII, Friedrich Mesmer pensou que o hipnotismo fosse alguma forma de “magnetismo animal” detectável e, Benjamin Franklin demonstrou que os relâmpagos são uma forma de eletricidade, fazendo arriscadas experiências com uma pipa e chaves penduradas na linha de empinar. Esses triunfos tornaram crível o brado dos empiristas: “Nada que não for sentido pode existir na mente!” Tudo isso fez indiscutivelmente parte dos antecedentes essenciais da Revolução Industrial.

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